quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

TRIP LEIRIA: DAY 1

JACKET: Anerkjendt | JEANS: Diesel | SNEACKERS: Adidas Stan Smith | SUNGLASSES: Rayban


Alo!!

Como vos disse no post anterior a minha aventura por Leiria continuava e aqui iria vos mostrar alguns dos pontos a não perderem nesta belíssima cidade, cheia de histórias e por onde passou Eça de Queiroz. 

Após a primeira noite no Hotel Tryp Leiria, a manhã começou cedo com um passeio pela zona histórica da cidade onde podemos encontrar alguns monumentos e ainda lojinhas típicas como podem ver pelas imagens em baixo.

Sabem como nasceu a actual cidade Leiria?

O Concelho de Leiria ocupa uma posição privilegiada no quadro do nosso país e particularmente no plano regional.
Confina a Norte com o Concelho de Pombal, a Este também com o de Pombal e com o de Ourém, a Sul com o da Batalha e o de Porto de Mós, a Oeste é limitado pelo Concelho da Marinha Grande e pelo Oceano Atlântico.
Fica inserido na Região Centro e apresenta-se como área de grande influência socioeconómica e fortemente representativa do total da região.
A cidade de Leiria, sede de concelho e capital de distrito, fica a uma distância de 146 quilómetros de Lisboa e de 72 quilómetros de Coimbra, sendo a sua localização um dos elementos principais que concorre para o seu crescimento e desenvolvimento. Leiria é servida por um importante conjunto de infra-estruturas rodoviárias, nomeadamente a A1, a A8, a A17, a A19, o IC2 e as EN 109, 242 e 113.
Leiria é o centro de uma região que junta à agricultura e à pecuária tradicionais as indústrias de moldes, alimentos compostos para animais, moagem, serração de madeiras, resinagem, cimentos, metais, cerâmica, plásticos, serração de mármores, construção civil, comércio e turismo citadino e ambiental.
Ainda hoje o Castelo de Leiria permanece indelével símbolo monumental da história da Cidade. Guarda no interior das imponentes muralhas os vestígios das diversas fases de ocupação: desde fortaleza militar a palácio real.
No entanto, a história da ocupação humana junto às margens do rio Lis e seus afluentes é muito anterior à Idade Média. Há centenas de milhar de anos, durante os primórdios da ocupação humana na Península Ibérica, quando os instrumentos principais eram feitos de pedra, o homem deixou-se encantar por estas paisagens envolventes, entre o mar e a serra...
Do variado e interessante espólio arqueológico da nossa região destaca-se a descoberta de artefactos feitos em pedra lascada, datados do Paleolítico Inferior e Médio (400 mil a 35 mil anos). Mas o achado mais interessante, encontrado num vale encantado que representa a riqueza natural da região, foi uma sepultura com 25 mil anos – O Menino do Lapedo, assim designado por se tratar de uma criança com cerca de quatro anos.
Desde então, esta região nunca mais deixaria de ser habitada. Assim o comprovam os contíguos indícios arqueológicos, desde as primeiras épocas de sedentarização do homem, em que aparece a cerâmica, passando pela vulgarização do uso dos metais até à intensa romanização, culminando com a ocupação persistente e definitiva do morro do Castelo durante a Idade Média.
Entre o Castelo e o Rio Lis nasceu e cresceu a cidade de Leiria. A sua fundação medieval surge no movimento da reconquista cristã aos muçulmanos, protagonizado pelo primeiro rei português – D. Afonso Henriques. Foi precisamente na dinâmica das conquistas territoriais para a fundação do reinado de Portugal, que o rei Conquistador mandou edificar o Castelo, ainda na primeira metade do século XII.
Este foi, definitivamente, o ponto de partida para o intenso povoamento da região de Leiria.
Após a fundação do Castelo, com o aumento da população, a vila expande-se para fora das muralhas. Em 1545 é elevada a Cidade e a Diocese.
A paisagem envolvente é fortemente marcada por extensos pinhais que se estendem até à costa atlântica. O reinado de D. Dinis (1285-1324) ficou célebre por diversas obras em Leiria, que fundamentam o cognome “Lavrador” - a sementeira do “Pinhal de Leiria” e a secagem de pântanos nas margens do Lis para fins agrícolas, dando origem ao fertilíssimo vale que se estende desde Leiria à sua foz.
A primeira visita começou à Sé de Leiria situada mesmo no centro, esta igreja tem uma arquitectura barroca.  Aqui fica uma breve historia sobre o aparecimento desta Sè:
A Sé de Leiria foi construída em 1559, ao tempo do segundo bispo de Leiria, D. Frei Gaspar do Casal, e sob a responsabilidade do Arquiteto Afonso Álvares. As obras ficaram concluídas em 1574, ano em que nasceu o Poeta Francisco Rodrigues Lobo. Apresentando uma arquitetura algo severa, de estilo maneirista e barroco, este imponente templo filia-se nas igrejas-de-salão como as sés de Portalegre e Miranda do Douro. A personagem de Eça de Queiroz, o Padre Amaro era o seu pároco e queixava-se do seu estilo frio e jesuítico. O Poeta Acácio de Paiva foi aqui batizado, brincou quando criança no adro e celebrou na Sé o seu casamento com D. Constança Correia.

Rua Barão de Viamonte

É uma das mais famosas ruas de Leiria. A Rua Direita como ainda hoje é mais conhecida, recebeu o nome de Rua Barão de Viamonte em 1881. Foi calcorreada por Eça de Queiroz, deslocando-se sobretudo da sua residência para a Casa da Administração do Concelho, no Largo da Sé. Também a sua personagem, o Padre Amaro, efetuava o percurso até à Sé por esta rua.


Praça Rodrigues Lobo (antiga Praça de São Martinho)

Na época medieval foi esta a Praça de São Martinho, onde se localizava a Igreja de S. Martinho, já existente em 1211. Defronte desta, situaram-se no início do século XV a Casa da Câmara, a Cadeia, o Pelourinho e o Paço dos Tabeliães. O atual edifício do Ateneu de Leiria, foi o antigo palácio setecentista da família Oriol Pena, cujo brasão ainda ostenta na fachada voltada para a Rua Vasco da Gama. Nele funcionou no século XIX, a Assembleia Leiriense de que Eça de Queirós era sócio e onde ia ler os jornais. No seu romance “O Crime do Padre Amaro”, a praça era o local de encontro dos notáveis da cidade. Nesta praça situou-se o Banco Raposo de Magalhães onde trabalhava José Maria Gomes, ou Tomé, amigo de Miguel Torga.

Jardim Luis de Camôes

Neste jardim público, ocorreu um dos acontecimentos mais marcantes para a cidade na época de Miguel Torga: a Exposição Distrital do Bicentenário de 1940, em simultâneo com a de Lisboa. O escritor não a menciona nas suas obras, de resto, como sempre fez em relação às iniciativas do regime do Estado Novo. Afonso Lopes Vieira, por seu turno colaborou naquele evento.





Convento de Santo Agostinho
(actualmente faz parte do Museu de Leiria)



De seguida fomos visitar o Museu de Leiria que reúne um espólio que vai desde objectos arqueológicos, obras de arte e Numismática de Leiria.  


O Museu de Leiria é uma janela aberta sobre a memória de um território longamente habitado que, à entrada do século XXI, se revela com um novo olhar sobre uma realidade complexa. Ideia surgida ainda em tempos da Monarquia Liberal, o Museu ficou a dever a sua concretização aos esforços persistentes de Tito Larcher (1865-1932), que tomaram forma no Decreto de 15 de novembro de 1917, com a criação do Museu Regional de Obras de Arte, Arqueologia e Numismática de Leiria.
Em 2006 iniciou-se o processo que devolve à vivência da Cidade o Convento de St.º Agostinho, monumento construído a partir de 1577 (a igreja) e 1579 (o complexo conventual), e agora habitado pelo novo Museu de Leiria. O programa museológico, que se procurou participado, enquadra para além do acervo do antigo museu, as coleções artísticas municipais e a reserva arqueológica, constituindo o fulcro da rede de museus concelhios, aberta à Cidade e ao seu território.
O Museu de Leiria organiza-se em dois espaços expositivos. No primeiro apresenta-se uma exposição de longa duração que faz uma leitura geral da história do território, propondo um caminho, necessariamente sumário, por entre a rica e densa floresta de objetos, acontecimentos e mitos, que definem uma identidade central do País. No segundo espaço, que lhe é complementar, são apresentadas exposições temporárias que permitem aprofundar temáticas e coleções específicas.


A manhã deste dia de passeio pela Cidade de Leiria terminou neste convento que tem ao mesmo tempo uma miradouro que proporciona uma vista panorâmica sobre a cidade de Leiria.



O almoço foi num fantástico restaurante panorâmico para a Cidade de Leiria, com comida deliciosa e típica o "Matilde Noca", aconselho se visitarem Leiria a não deixarem de passar por este restaurante.

E terminou assim o primeiro dia de aventuras por Leiria, mas ainda vem mais um 2º post com mais pormenores desta visita a Leiria!!! 

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